Titular absoluto da Alemanha desde a chegada de Hansi Flick, Werner sofreu uma ruptura ligamentar no tornozelo e não joga mais em 2022
A Copa do Mundo de 2022 não deixa margem de manobra em seu calendário. A competição no final do ano terá apenas uma semana de descanso entre a pausa da temporada do clube e o pontapé inicial no Qatar – quando normalmente são pelo menos três semanas de intervalo. Além disso, os compromissos dos clubes ficaram ainda mais atropelados, com uma maratona de jogos. Não surpreendentemente, o alto número de ausências por lesão para o Mundial, especialmente considerando o tempo mínimo de recuperação. E a Alemanha será outra seleção que não terá nome de destaque devido a lesão. Timo Werner se machucou na rodada da Liga dos Campeões e, após realizar exames, o RB Leipzig informou que o atacante não jogará mais em 2022.
Timo Werner teve que deixar o campo no primeiro tempo na goleada de 4 a 0 contra o Shakhtar Donetsk, que classificou o Leipzig para as oitavas de final da Liga dos Campeões. Segundo informações do clube, o atacante sofreu uma ruptura no ligamento do tornozelo e não jogará mais em 2022. A equipe médica dos Red Bulls decidirá qual método de tratamento usar. De qualquer forma, é certo que o jogador estará fora da Copa do Mundo.
O técnico da Alemanha, Hansi Flick, lamentou a ausência: “Esta notícia é muito amarga. Eu sinto muito pelo Timo pessoalmente porque ele vai perder uma Copa do Mundo que ele estava muito animado para jogar. Mas especialmente para a equipe, a ausência de Timo é uma grande perda. Teremos que jogar a competição sem um excelente atacante, com uma boa média de gols para a seleção. Ele é um jogador de equipe. Em primeiro lugar, desejamos a Timo uma rápida recuperação”.
Destaque na Copa das Confederações em 2017, Timo Werner disputou sua primeira Copa do Mundo em 2018, mas fracassou com o resto da Alemanha. O atacante começou todos os jogos como titular, às vezes deslocado como ala, e não contribuiu com um único gol. O jovem chegou a perder a vaga no ciclo da Euro 2020, mas recuperou seu espaço desde a chegada de Hansi Flick – que até jogou por ele na baixa temporada com o Chelsea. Werner foi titular em 11 das 15 partidas por ordem do técnico, enquanto em outras duas saiu do banco. Ele estava ausente apenas quando estava ferido. Ele marcou oito gols e deu três assistências, importantes na corrida do Nationalelf nas Eliminatórias. Ele era um homem confiável.
Embora tivesse moral com o treinador, Werner não era necessariamente unânime com a torcida. Após a morna participação da Alemanha na última Liga das Nações, surgiram discussões sobre o comando do ataque. Mais móveis, Timo Werner e Kai Havertz deixam a desejar em relação ao embate mais físico, além de não terem o melhor aproveitamento na finalização. Com a ausência do jogador do Leipzig, o clamor por uma chance de Niclas Füllkrug, do Werder Bremen – com características muito diferentes, mas atacante profissional – ganha mais peso. Quem também pode se beneficiar é Youssoufa Moukoko, que sobe no Borussia Dortmund e pode ser uma surpresa na lista final.
Fato é que, mesmo sem ser o atacante mais letal, Timo Werner poderia ter muita utilidade na Copa do Mundo. A velocidade do alemão seria uma arma interessante contra a Espanha, por exemplo. Além disso, a boa fase de Werner nesse retorno ao Leipzig animava. O atacante participa ativamente da recuperação da equipe com Marco Rose e deu sua contribuição à classificação na Champions League. Não é mais protagonista como em outros tempos, diante do sucesso de Christopher Nkunku, mas oferece recursos. Algo que o clube não terá durante os próximos meses e nem a Alemanha no Mundial. Não é um jogador imprescindível, mas teria boa serventia dentro de uma rotação alemã que não anda bem servida de atacantes. Pelo contrário, um setor carente se torna um pouco mais escasso.
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