O primeiro jogo da final da Copa do Brasil terminou sem gols, e tudo será decidido semana que vem no Rio de Janeiro
Corinthians e Flamengo começaram a decidir a final da Copa do Brasil nesta quarta-feira, e o jogo de ida terminou com ninguém satisfeito. Por um lado, os paulistas lamentam o empate em casa. Por outro, os cariocas poderiam ter vencido porque criaram mais chances, embora nem de perto tenha sido um jogo dos mais abertos. Entre mortos e feridos, o 0 a 0 prevaleceu na Neo Química Arena, e tudo será resolvido no Rio de Janeiro na próxima semana.
Houve mais momentos de domínio do Flamengo, principalmente um intervalo de cerca de dez minutos no segundo tempo. Cássio fez algumas boas defesas, e Yuri Alberto teve um par de chances, principalmente uma arrancada antes do intervalo, muito bem travada por Thiago Maia. Se fosse uma luta de boxe, o Flamengo levaria mais pontos. Como não é, tudo continua igual para decidir quem ficará com a taça.
O Flamengo tentou ameaçar logo no primeiro minuto. Gabigol recebeu de Arrascaeta pela esquerda, abriu para a canhota e soltou um chute forte, sem direção, mas anunciando as intenções dos visitantes. Com a bola, a qualidade para criar era clara. Aos 11 minutos, Pedro deu um toque bonito para Éverton Ribeiro e se projetou no espaço para receber de volta. O passe foi um pouco longo demais, e o atacante teve que tentar uma cavadinha por cima de Cássio, para fora.
O Corinthians tentava de fora da área, sem muito sucesso, e o Flamengo foi se impondo. Aos 27 minutos, Arrascaeta cruzou da direita, mas Gabigol não alcançou na segunda trave. Após pressão no meio-campo, Pedro deixou Gabigol na cara de Cássio, com um toque por trás da defesa, e o goleiro corintiano conseguiu sair bem novamente para abafar. Apenas na marca da meia hora, o Corinthians começou a sair um pouco mais.
Adson tentou um chute torto pela esquerda e depois acionou Yuri Alberto, que chutou rápido de perna direita, cruzado, de fora da área, não muito longe da trave. Roger Guedes também tentou de longe – muito por cima – e a melhor chance saiu de um erro de Léo Pereira. Ele calculou mal o cabeceio no meio-campo e permitiu que Alberto arrancasse, sem ninguém à sua frente. David Luiz conseguiu a recuperação, mas foi bem driblado. Na hora do chute, Thiago Maia conseguiu travar com um carrinho perfeito.
Encerrou a melhor sequência de ataques do Corinthians no primeiro tempo, e o Flamengo mandou outras duas finalizações de média distância, nenhum causando problemas a Cássio, antes do fim da etapa inicial. Nenhum dos técnicos fez alterações no intervalo, e o segundo tempo começou morno, até os 12 minutos, quando o Flamengo começou sua melhor sequência na partida.
Foram quatro chances importantes em um intervalo de dez minutos. Começou com a ajeitada de cabeça de Éverton Ribeiro pela direita para Gabigol chegar batendo com tudo. Cássio conseguiu fazer a defesa, mesmo que a bola tenha seguido viva na boca do gol antes de ele agarrá-la. Depois, David Luiz soltou uma bomba de fora da área, na forquilha, e Cássio teve que trabalhar bem para barrar uma bomba de Ribeiro. Gabigol teve outra oportunidade, que passou perto.
O momento era do Flamengo, e a dúvida era se valia a pena apertar para tentar a vitória fora de casa, mesmo ficando mais vulnerável aos contra-ataques. Não foi o que aconteceu. O Corinthians conseguiu equilibrar um pouco mais ações. Vítor Pereira introduziu Mateus Vital, Ramiro, Giuliano e Gustavo Silva. Dorival Júnior respondeu com Victor Hugo e Everton. Giuliano teve uma boa chance, bem travada por Léo Pereira, que foi protagonista de uma reclamação de pênalti dos donos da casa por ter tocado a bola com a mão dentro da área. O árbitro mandou seguir.
Pedro girou na entrada da área e, mesmo sem ângulo bateu cruzado, longe da direção do gol, e na hora em que o Flamengo cobrava um escanteio, a luz apagou na Neo Química Arena, gerando um atraso de alguns minutos. Quando ele foi finalmente batido, David Luiz por pouco não alcançou na segunda trave. Yuri Alberto e Vidal trocaram finalizações de média distância, mas não teve ninguém que conseguiu tirar o zero do placar.
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