Gareth Southgate comentou sobre o veto da Fifa, que não deixou Kane utilizar a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris: “A pressão é muito grande”
A Inglaterra mostrou sua classificação para a Copa do Mundo no Catar ao derrotar o Irã por 6 a 2 na estreia na segunda-feira. A produção ofensiva e o placar ágil deixaram o técnico Gareth Southgate feliz, mas os dois gols sofridos o colocaram em alerta máximo.
O técnico afirmou que será preciso melhorar para a segunda fase, contra os Estados Unidos, na próxima sexta-feira. Os ingleses sofreram dois gols de Taremi na parte final da partida, um deles na cobrança de pênalti.
- Estamos muito felizes em começar assim. Muito feliz com o nosso ataque. Sabemos que o Irã costuma ser uma defesa difícil. Não gostei do final do jogo, da forma como sofremos dois golos. Precisamos melhorar contra os EUA. Eu não gosto de jogos assim, com alternância. Não podemos repetir isso em um torneio como este. Mas, claro, foi um bom começo para nós – avaliou o treinador.
Southgate foi questionado sobre a proibição da FIFA de permitir que o capitão Harry Kane use a braçadeira “One Love” com as cores do arco-íris. O atacante usou um com a frase “No discrimination” – “Sem discriminação”, na tradução.
- Entendo a situação da FIFA. A pressão é muito grande. Mas não foi algo que nos distraiu. Precisamos focar no jogo. Não podemos nos envolver nisso agora. Precisamos focar no desempenho. As pessoas sabem pelo que lutamos, as pessoas sabem que esse grupo sabe que pode fazer a diferença. Mas, em algumas coisas, não seremos capazes de fazer a diferença. Não falei com ninguém da FIFA. Entendemos que existem vários problemas. E temos falado sobre isso nos últimos 12 meses. Mas esta é a Copa do Mundo. Não vamos nos negar a responder a nenhuma pergunta, mas nossa energia deve estar voltada para os jogos – disse o treinador.
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Sobre o protesto dos jogadores, que se ajoelharam no gramado antes da bola rolar, Southgate disse que não tinha nada a ver com questões relacionadas ao Irã.
- Acreditamos que podemos fazer a diferença na igualdade e inclusão de jovens em nosso país e no mundo. Não havia nada sobre o Irã. Acho que não entendemos muito sobre isso. Acho que o Carlos (Queiroz) e seus jogadores falam melhor. Não sabemos o suficiente para falar com autoridade. Fazemos o que acreditamos ser uma influência positiva para os jovens. Jogadores de uma seleção dando voz a essa discussão. Isso pode fazer a diferença para as próximas gerações – concluiu.
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