Com déficit de R$ 55 milhões, o clube estuda buscar novas receitas para equilibrar finanças
Não faz uma semana que a nova diretoria do Grêmio assumiu o clube, mas eles precisavam conhecer rapidamente os diferentes departamentos. No setor financeiro, a administração pegou “caixas apertadas”, mas prevê aumento da folha de pagamento e estuda a possibilidade de tomar empréstimos para equilibrar as contas.
As finanças do clube recebem atenção, pois a queda nas receitas com o rebaixamento tem gerado dificuldades. Nos últimos anos, o Grêmio se destacou pelo equilíbrio e superávit antes da queda. Mas 2022 mudou esse cenário e deixou o clube com um déficit de R$ 55 milhões.
Para equilibrar as contas, será necessário apurar receitas extraordinárias. O Grêmio precisa vender atletas, está vinculado ao mecanismo de solidariedade com ex-jogadores que estão na Europa, mas também trabalha na possibilidade de pedir empréstimo bancário, algo que já aconteceu durante o ano.
Uma das pessoas que assumiu essa demanda é Fábio Floriani, vice-presidente do Conselho de Administração. Antes disso, Floriani fazia parte do Conselho Fiscal do Tricolor e já estava por dentro dos assuntos.
- Estamos em déficit. Precisamos buscar receitas extraordinárias com a venda de atletas, um valor que você pode receber com jogadores que estão na Europa e temos uma possibilidade que estamos trabalhando, que é fazer empréstimos. Essa situação foi bem trabalhada nos últimos anos, o clube estava superavitário. Mas agora não estamos bem por conta da queda de receita – disse o vice-presidente em entrevista ao ge.
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Uma das pendências financeiras que o clube possui e que a atual gestão herdou foi o pagamento aos jogadores do Bicho pelo acesso à Série A do Brasileirão. O custo gira em torno de R$ 5 milhões e a intenção é liquidar o valor até o final do ano.
A adesão à Libra pode gerar receita para o Grêmio. O clube pode arrecadar até R$ 100 milhões no primeiro semestre. Porém, apesar da expectativa, não é uma receita que a diretoria contabiliza, pois a entende como algo incerto e que ainda precisa de uma negociação mais ampla.
A gestão anterior deixou relatório com planejamento de folha salarial de R$ 10 milhões em 2023. A intenção do presidente de reformular o elenco já não é novidade e, além disso, já houve um acordo para a permanência de Renato.
A ideia dos dirigentes é montar um time competitivo para a próxima temporada e, para isso, será preciso trabalhar com um gasto mensal maior do que o apontado na avaliação da direção. Floriani ainda destaca que, com um time forte, a chance de avançar nas competições aumenta, o que aumenta a capacidade de gerar receita.
- O primeiro trimestre é mais complexo, por conta da receita das competições, que passa a ter desembolsos ao longo do ano conforme você avança nos campeonatos – diz Fábio Floriani.
Os primeiros dias de gestão foram de trabalho incessante para os dirigentes do Tricolor, que precisavam ficar por dentro dos assuntos que envolvem o clube e começar a dar os primeiros passos.
No último domingo, o clube anunciou a renovação de Renato Portaluppi e, ao mesmo tempo, negocia a contratação de jogadores e começa a reformulação do elenco. Além disso, também está negociando com um diretor executivo e procurando um novo CEO.
Sem Rodrigo Caetano, que permanecerá no Atlético-MG, o Grêmio busca outros nomes para assumir. Quem chegar terá pela frente um trabalho de reformulação do grupo.
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