Aos 33 anos, há dúvidas sobre a parte física, mas ninguém duvida que Diego Costa vai se entregar como sempre fez
O Wolverhampton anunciou a contratação de Diego Costa, após uma novela sobre o seu visto de trabalho. Depois de se acertar com o brasileiro, naturalizado espanhol, o clube fez o pedido de visto de trabalho, que foi negado. O clube recorreu e, enfim, foi autorizado. Aos 33 anos, o centroavante está de volta à Premier League, depois de fazer sucesso atuando pelo Chelsea, de 2014 a 2018. O contrato do atacante é até o final da temporada, em junho de 2023.
É sem dúvida uma contratação que leva algo importante a um time da Premier League: uma imensa força de vontade. Sua principal característica sempre foi ser um guerreiro em campo, brigando muito com os defensores e, claro, com grande capacidade técnica. Há, porém, dúvidas sobre a sua capacidade física. Não tanto pela sua idade, de 33 anos, mas pelo tempo sem jogar e mesmo no tempo que jogou, não esteve no seu melhor.
Em 2021, atuando pelo Atlético Mineiro, ele foi mais reserva do que titular. Fez 19 jogos e marcou cinco gols pelo Galo, fazendo parte do elenco que conquistou o título do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Ao final do contrato, em dezembro, decidiu deixar o clube em janeiro. O fato do jogador ter sido mais reserva do que titular, já que Hulk se acostumou a atuar centralizado no ataque, parece ter pesado.
O Wolverhampton buscou Diego Costa depois do seu contratado para a posição na janela, o austríaco Sasa Kalajdzic, sofreu uma grave lesão no joelho, no ligamento cruzado anterior, o que o afastará no mínimo até o fim do ano e possivelmente por mais algum tempo. É uma lesão que leva cerca de seis meses para a recuperação. Assim, o clube queria uma reposição e só poderia buscar jogadores livres no mercado, como era o caso de Diego Costa.
Desde que deixou o Atlético Mineiro, Diego Costa foi ligado ao Corinthians, que buscava um centroavante, mas não houve acerto. No começo de agosto, Diego Costa foi especulado no Rayo Vallecano, clube que já defendeu, mas também não houve acerto. Ele não joga desde dezembro e acerta com o Wolverhampton que precisa do jogador imediatamente. Resta saber se ele já estará disponível para o jogo contra o Manchester City, no fim de semana. O número da sua camisa já está definido: 29.
Diego Costa: “Acendeu aquele fogo dentro de mim”
“É um jogo de primeira linha, com jogadores muito bons que sabem como jogar futebol e ter a chance de jogar na Premier League de novo foi o principal. Obviamente, o clube influenciou a minha decisão, especialmente sabendo que poderei me adaptar mais facilmente aqui não apenas do ponto de vista técnico, a qualidade apenas dos jogadores, mas também pelo fato de muitos jogadores serem portugueses e isso se torna uma transição muito mais suave” , afirmou Diego Costa ao site dos Lobos.
“Não foi nos melhores termos possíveis porque foi por uma lesão de outro jogador, infelizmente, só possível o possível para ele”, continua Diego. “Mas quando ele [Bruno Lage, técnico] me disse sobre voltar à Premier League, já que este é um campeonato que eu me relacionei muito, sempre gostei e acompanhei. Não importa o quanto eu gostei de jogar em Madri, me senti desencorajado, mas isso me motivou. Acendeu aquele fogo dentro de mim”.
“Sempre acho que a Premier League é o melhor que há, o melhor do mundo. Eu tenho prazer em jogar, voltar novamente e, na minha opinião, por experiência, a liga tem a atmosfera, o modo como o jogo é disputado, os estádios cheios de torcedores, o campo em perfeitas condições, o respeito que os jogadores têm uns pelos outros”, contínuo.
“Eu achava que seria capaz disso, estava fisicamente e mentalmente pronto para este novo desafio, difícil, tenho certamente, mas mentalmente estou bem. Em termos psicológicos e físicos, precisarei de duas ou três semanas para voltar a estar em forma, mas isso é normal porque não joguei por algum tempo, mas eu sei que posso fazer”.
“Se eu duvidasse do meu potencial pelo que fiz – e graças a Deus tive uma carreira gratificante – e não tivesse mais nada para dar, não teria aceitado esse desafio porque tenho uma equipe para cuidar e se eu disse sim para isso, é porque acho que posso trazer algo para a mesa”.
“Sou muito grato por todos que acreditaram em mim porque apesar do que aconteceu no passado, desejar uma recuperação rápida ao jogador que se machucou, espero retribuir essa confiança depois de ficar sem jogar por um tempo, porque eu jogarei em uma liga competitiva e receber essa confiança e mostrar que posso retribuir”.
“Se depender inteiramente de mim, como torcedor, pode apostar que vou dar tudo de mim, dar 100% em campo como se fosse um novo começo. Por ser um desafio, muita dedicação e amor em campo, pois vou dar o melhor de mim”.
Os objetivos para a temporada são claros para Diego. “Marcar gols. Marcar gols, fazer o melhor que eu posso, dar o meu melhor. Encontrar meu lugar como pessoa, jogador e entender como eu me sinto de verdade porque este é um grande desafio”.
“Não é um desafio fácil porque você não jogar em uma liga fácil e não posso jogar do modo como quiser. Este é um campeonato muito exigente, fisicamente exigente, e é algo para me testar e estou pronto para tentar”, continuou.
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