O “dinizismo” está em alta no futebol brasileiro. Mas será que ele mudou ou continua da mesma forma ? Confira neste artigo.
O Fluminense vive grande fase na temporada, briga pela liderança do Campeonato Brasileiro e está perto da semifinal da Copa do Brasil. O volante Nonato destacou o trabalho do técnico Fernando Diniz, que vem sendo muito elogiado até por rivais, e projetou a sequência da equipe.
Em sua segunda passagem pelo Fluminense, Fernando Diniz é apontado como o maestro do clube com futebol mais bonito do país atualmente. Com estilo de jogo e personalidade marcantes, o treinador levou o clube carioca, até o momento, à vice-liderança do Brasileirão e às semifinais da Copa do Brasil. Mas será que Diniz fez ajustes em seu comportamento e ideias táticas desde a histórica campanha com o Audax, que terminou com o vice-campeonato paulista de 2016? Segundo o goleiro Sidão (Atlético Catarinense) e os volantes André Castro (São Bento), Camacho (Santos) e Yuri (Juventude) — jogadores que trabalharam com o técnico durante a passagem pelo futebol paulista —
O quarteto destacou o comportamento explosivo de Diniz tanto nos treinamentos quanto à beira do campo.
Ceni valoriza volume de jogo do São Paulo e dá apoio aos atacantes: “Que tenham calma e lucidez”
“Diniz sempre dá essa liberdade para a gente ali do meio chegar ao ataque. Temos nossas responsabilidades na marcação, táticas. Mas, sempre que a gente vê um espaço, ele pede para atacar, ser esse homem surpresa”, disse o jogador que já trabalhou nesse estilo chamado de Dinizismo.
O meio-campista ainda ressaltou que o elenco do Fluminense está focado em ir longe nas duas competições que disputa na temporada: o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
“A gente ainda tem que pensar no Brasileiro, precisa virar a chave. Teremos uma sequência importante e semanas cheias para trabalhar, o que é importante. Depois vamos voltar a pensar no Fortaleza. Nosso foco agora é o Santos, nossa primeira ‘final’, na segunda-feira, na Vila”, concluiu Nonato que já está se acostumando ao Dinizismo.
Klopp muda o discurso e agora diz que Liverpool tentará contratar meia antes do fim da janela
Estrutura tática básica de Diniz
O Fluminense vem usando como estrutura base o 4-2-3-1. No meio de um calendário cheio de jogos, Diniz vem alternando muito os nomes em suas escalações. Ainda não conseguiu repetir a mesma equipe em nenhuma oportunidade. Porém, alguns nomes já podem ser consideradores titulares.
Com exceção da vitória na Bolívia contra o Petrolero, Diniz abdicou da formação com três zagueiros, adotada por Abel Braga no início da temporada. Com isso, a dupla Nino e David Luiz se consolidou como principais referências do setor defensivo.
No meio-campo, André e Ganso são figuras muito utilizadas por Diniz. O volante tem papel importante na saída de bola, por vezes auxiliando os zagueiros. Já o camisa 10 vem recebendo liberdade para flutuar próximo aos volantes, como também chegando mais próximo do gol.
No ataque, Cano é atualmente o principal jogador da equipe em 2022. Com gols importantes, foi indispensável nas vitórias tricolores até aqui. De saída para o Bétis no meio do ano, Luiz Henrique vem encerrando seu ciclo no Fluminense alternando bons jogos e partidas discretas.
Como se defende o Fluminense com o Dinizismo?
Sem bola, além da formatação em 4-2-3-1, a equipe utiliza o 4-1-4-1. A ideia visa proteger os corredores laterais com a recomposição dos ponteiros. Encaixes individuais por setor são identificados na última linha defensiva.
Já André Castro listou os “alertas” de amigos pouco antes de seu retorno ao Audax. O volante trabalharia com um “cara muito doido” e que “cobra bastante”. O jogador — atualmente no São Bento — adorou. “Quando eu comentei com os amigos que eu ia retornar pro Audax, falaram, ‘cara, ele é muito doido, irrita, cobra bastante’. Eu não achei problema nisso.
Quando Fernando Diniz e o seu ousado Audax debutaram no Campeonato Paulista, a primeira sensação para quem acompanhava o estadual daquela época era de estranheza. “Mas como assim esse time não dá chutão?”, todos se perguntavam. Pixotadas dos goleiros, erros na saída de bola, entregadas que custavam derrotas… O ano foi o de 2014 e nem para a segunda fase do Paulistão os “malucos de Osasco” conseguiram ir. O resultado, definitivamente, não veio. Mas veio o mais importante: o debate.
A discussão sobre o tipo de futebol desenvolvido por um grupo de atletas que, em sua maioria, haviam passado por diversos clubes e nunca haviam brilhado no cenário nacional, foi impactante. Seu treinador, ainda em começo de carreira, sonhava alto quando colocava um futebol de muita troca de passes, mudança de posições e jogos duros contra os grandes da capital. A gente mal sabia o que estava por vir. Dois anos depois, uma final de igual para igual com o Santos.
Ex-jogador profissional, Fernando Diniz, chefe do estilo tático “Dinizismo” passou por Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Fluminense… Ganhou títulos pela maioria destes grandes clubes. Esteve no topo. Mas existe algo que o deixa mais feliz atualmente: ajudar outros jogadores chegarem no topo. Tchê Tchê (Palmeiras) e Camacho (Corinthians), campeões brasileiros nos últimos dois anos, são exemplos e motivos de orgulho para o atual treinador do Atlético-PR.
Quer comprar a camisa do Fluminense ? Confira nossas Promoções no Site.
Loja do Capita.